Quando o amor pode causar danos: Mulheres que amam demais

Despertando o caráter

Desde pequena as meninas se deslumbram com as lindas histórias dos contos de fadas, a grande maioria sempre aponta para a importância de ser uma pessoa do bem, pois mesmo após a personagem ser vítima da maldade e da inveja, no fim as pessoas boas e inocentes conquistam pela bondade, doçura e vencem o vilão que é desvendado e banido.

 Esses exemplos são muito interessantes para as crianças que entendem claramente a linguagem e captam a ideia, ou ao menos a diferença entre o bem e o mal, ainda de que de forma romanceada. Para a construção do entendimento, os pais podem aproveitar os contos infantis e debater com os filhos sobre caráter e valores, dentro do entendimento da faixa etária da criança é claro.

Contos e princesas

O outro lado da história encantada é a viagem emocional que muitas mulheres adultas fazem quando elegem um homem como seu príncipe e sonham com o “ e viveram felizes para sempre”. Tudo bem se conseguir manter o relacionamento até o fim dos dias em vida. Mas quando isso não acontece, é preciso aceitar que uma das partes não quis seguir adiante independente dos seus planos e sentimentos.

Relacionamento amoroso, seja casamento, noivado ou namoro é uma estrada bilateral, em que ambos precisam compartilhar do mesmo objetivo, pelo menos na questão de se manterem como um casal, entende?

Mulheres que amam demais

Até que ponto uma mulher que ama demais está em equilíbrio? Responder essa pergunta não é tão simples como deveria, uma vez que envolve sentimentos e emoções, mas vamos tentar pensar em como pode viver alguém que ama demais o outro.

Primeira questão que nos chama atenção é o fato de que nesses casos é que amar mais o homem (ou outra se for casal do mesmo sexo) do que a si mesma, alguém saíra machucado e, sempre é quem ama demais.

Os primeiros sinais de que quando a pessoa está envolta nessa condição de amar excessivamente é o ciúme descontrolado, pois esse é o carro chefe. Esse tipo de ciúme pode chegar ao ponto de se tornar uma verdadeira obsessão, em que a mulher não consegue entender que a outra pessoa tem vida própria em tão pratica uma perseguição implacável vasculhando o celular, redes sociais, e-mails, vigiando o horário de saída do trabalho, especulando se conversou com alguém e por aí vai. Tudo isso, na cabeça da ciumenta acontece sem que ela perceba e a justificativa quase sempre é a mesma. “ Tenho que cuidar do que é meu”. Pela frase já da para perceber que o outro virou objeto de desejo, ou seja, isso não é amor, é posse.

O que essa pessoa que diz amar demais não entende é que com esse comportamento equivocado de domínio, faz com que o homem se afaste mais e mais, passando até a odiá-la. Falando assim, pode parecer meio pesado, mas é isso mesmo, ninguém quer viver preso a uma relação. Na verdade, o relacionamento precisa ser saudável de compartilhamento.

Desequilíbrio

Foto: Reprodução

A mulher que ama demais precisa de ajuda, compreensão e apoio. Nesse estado de desequilíbrio ela está sofrendo, querendo segurar ou compensar equivocadamente o que elegeu como solução ou troféu para suprir algo que nem ela mesma sabe definir. Por isso é importantíssimo que os amigos e a família não engrossem o caldo com críticas ou piadas, nem rótulos. O mais importante é dar a mão para ajudá-la a sair desse distúrbio.

De algum modo, essa mudança de comportamento, que pode ser até um namoro recente, tem ligação com a estrutura interna dessa mulher, com baixa autoestima, com dores emocionais do passado, com histórico de relacionamento que a desestruturou, ou outras coisas que não vamos abordar agora.

Solução

Encontrar a solução veja que não chamamos de cura, é uma questão de paciência. O que essa mulher que ama demais pode fazer é reestruturar o equilíbrio para que tenha recursos internos para enxergar a vida, as pessoas e tudo o que a cerca de modo razoável, ou pelo menos que ela consiga se desvencilhar dessa obsessão.

Fazer algo para si já é um começo. Fazer uma atividade física regularmente como caminhada, dança, hidroginástica ou yoga. Trabalhar fora, caso não tenha emprego, procurar um e, enquanto isso desenvolver uma atividade autônoma. Tudo isso serve para desviar por algumas horas o foco no parceiro, mas o principal é buscar ajuda terapêutica.

Quem chega a esse ponto não deve tentar vencer sozinha, pois o gatilho que desencadeou isso na mente já foi acionado, então o ideal é buscar um profissional agora!

Muitas pessoas por questões financeiras não podem pagar o tratamento, mas tem solução. As faculdades de psicologia e psicanálise oferecem atendimento gratuito e/ou a preço popular.

Outra coisa que não deve deixar de fazer é pesquisar se na sua cidade tem algum núcleo do MADA – Mulheres que Amam Demais link: http://www.grupomada.com.br/pagina.php?x=enderecos&tit=enderecos

Boa sorte!

PS: Em breve falarei sobre assuntos relacionados a esse tema. Caso queira falar comigo, visite meu blog e deixe uma mensagem. http://blogsilviaescritora.blogspot.com.br/

Conheça o livro de minha autoria Histórias Anônimas, a sinopse está no meu blog.

Um forte abraço!

© Silvia Baptista