Emprego: Meu chefe não vai coma minha cara – o que fazer?

Se dar bem com todas as pessoas  no local de trabalho nem sempre é fácil, especialmente quando se trata de uma empresa de médio a grande porte onde o número de  empregados ultrapassa 30.

A dinâmica necessária para conviver bem com colegas e chefes pode ser desenvolvida com um pouco de técnica de empatia, pois o local de trabalho é onde se passa boa parte do tempo e, para que a coisa funcione e você não tenha que se desligar é importante rever conceitos e considerar adotar nova postura.

Avaliando o Perfil

A característica básica de toda empresa é avaliar o perfil do candidato antes da contratação, é nesse momento que cada um tenta apresentar sua melhor performance para convencer o entrevistador a contratá-lo. Tudo bem quanto a isso, só que é preciso ter cuidado para não vender uma imagem distanciada da sua realidade, pois a convivência certamente revelará a verdadeira personalidade.

Muitas empresas reconhecem quando tem um supervisor ou gerente exigente, porém quando ele apresenta resultados, mesmo com temperamento difícil é mantido no cargo. Por esse motivo é que no decorrer do processo seletivo, algumas situações que parecem desnecessárias são criadas ou questionadas para avaliar até que ponto o candidato se enquadra como subordinado a um chefe exigente.

Desafios no trabalho

Lidando com o chefe difícil

Comemorar o novo emprego e logo depois descobrir que o chefe é uma pedreira faz muita gente desistir ou então continuar travando um verdadeiro combate interno maldizendo o superior, coisa que não vai dar em nada a não ser provocar uma gastrite.

Antes de começar a fabricar ideias fixas de que ele não vai com a sua cara, tente olhar por outro lado e ver o que pode ser feito para melhorar essa relação, sem se tornar o tal puxa saco que além de ser chato será alvo de desconfiança dos demais funcionários.

Antes de tomar a marra do chefe como algo pessoal, entenda que ele não te conhece, de modo que não sabe nada da sua vida para isso. No máximo pode não ter simpatizado com alguma coisa que pode não ter nada a ver contigo, como por exemplo, a cor da roupa ou algum detalhe que possa ter remetido a outra pessoa. Quando isso acontece, considere como uma possível pegadinha da mente dele que de acordo com seu rendimento e adaptação ao trabalho afastará essa má impressão inicial.

Despertando empatia

Quando o emprego é bom, vale a pena investir e encarar o desafio da convivência. O primeiro passo criar postura mental afirmativa de que a questão não é pessoal se concentrando nas tarefas designadas a você para evitar erros básicos. Acredite, com o tempo o chefe verá que sua presença na empresa é para somar e que não precisam ser amigos confidentes, trata-se de uma relação profissional adulta. Caso haja falta de respeito por parte do gestor com brincadeiras ofensivas ou desrespeito, chame-o em particular e deixe claro que não admite esse procedimento por se tratar de assédio moral.

Aguardando o momento certo

Informe-se sobre a política interna da empresa, se possível com os demais funcionários sem dar ouvidos a possíveis fofocas.

Sempre que precisar se reportar ao seu chefe, fale com naturalidade sem querer chamar a atenção para si nem falar entre os dentes. Essa atitude pode parecer medo dificultar sua relação de subordinado.

Seja pró-ativo, não fique sentado (a) esperando uma ordem se souber o que fazer. Seja útil e bom companheiro dos colegas de trabalho, lembre-se que seus colegas são seus clientes internos. Eles comentarão sua postura no trabalho ao ponto de chegar aos ouvidos da diretoria. Ponto para você que terá os superiores do seu chefe como aliados e com isso a visão equivocada ou o tratamento que seu supervisor ou gerente tinha poderá mudar. Mas tenha cuidado para não vender a imagem errada de modo que os demais funcionários possam entender que você mal chegou a empresa e já quer tomar o lugar de alguém, por isso seja natural.

Boa sorte!

© Silvia Baptista