Conceitos de tradição
Casar virgem
era uma questão de honra para as famílias, as moças só deveriam experimentar o
sexo na noite de núpcias, muitas mulheres chegaram a ser rejeitadas pela
própria família ao ponto de serem postas pra fora de casa. A questão do amor,
da paixão não era muito relevante, o mais importante era o rapaz ser de “boa
família” e próspero para o casamento ser perfeito.
O conceito de
se casar virgem atualmente não tem tanta força como no passado, mas há muitos
jovens que optam por essa escolha e o engraçado é que parece que houve uma
inversão. Quem faz essa escolha passa por brincadeiras do tipo; isso não se
usa, não sabe o que está perdendo. É preciso entender que se por um lado, o
sexo é visto com mais naturalidade não significa que não possa haver que tenham
outras pessoas que queiram aguardar o casamento. O importante é o respeito
mútuo, cada um com suas escolhas.
Virgindade e polêmica
Num mundo em
que todos querem parecer o mais descolado possível, isso acontece em todas as
idades e camadas sociais, pode parecer algo comum falar sobre virgindade, mas
não é. Ainda há muitas dúvidas até mesmo para quem já tem alguma atividade
sexual (primeiros contatos) e com isso, os amigos da mesma faixa etária
costumam ser os confidentes. Só que eles também estão se descobrindo e buscando
informações.
A questão as
sexualidade dos filhos é uma preocupação para os pais que, embora estando no
século XXI, onde parece que falar em sexo é algo natural, não é assim para
muitos pais e mães que ainda veem os filhos como crianças e que a hora de fazer
sexo ainda está longe. Para esses pais, a coisa complica mesmo, pois os filhos
buscam informação na rua e, quase sempre não é a melhor escolha, pois cada um
tem um tipo de educação e percepção do próprio corpo de maneira diferente do
outro, ou quem sabe esse amigo ou amiga que ocupou a vaga de orientador esteja
tendo uma experiência no sexo apenas para agradar o namorado (a) sem que esteja
de fato em acordo com o ato. Imagine essa pessoa que precisa de ajuda
orientando outra. Por isso os adultos não devem considerar o tema virgindade como
polêmico.
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Foto: Reprodução |
Liberdade de escolha
Escolher
quando, onde, com quem e como entregar a virgindade é uma escolha que deve ser
levada a sério pelos jovens e de preferência sem tabu.
A inquietação
dos hormônios, a pressa em querer saber de tudo e experimentar o que tanto é
dito nos filmes, novelas, nas conversas, além do corpo pulsar quando está
namorando, só será controlado se a/o jovem estiver seguro de si e dos seus
conceitos. Não se evita o sexo precoce pela força ou excesso de cobrança dos
pais, por isso muitas moças frágeis e apaixonadas se arrependem logo após a
primeira experiência sexual, quanto aos rapazes é mais por altoafirmação diante
dos colegas ou condicionados pelo pai que quer ver o filho garanhão.
Orientar os
jovens para que não deleguem aos outros sua decisão de quando deixar de ser
virgem é uma conversa que deve ser tratada com muita naturalidade em casa pelos
familiares, informando claramente à responsabilidade que implica o ato sexual,
como por exemplo, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, reputação, que
não se verbaliza muito essa palavra, mas na prática, a moça é rotulada com
adjetivos pejorativos quando não está com uma pessoa que compreende conceitos
de responsabilidade e valores.
Para que a
jovem saiba lidar com sua liberdade de escolha, precisa estar consciente, com muita
lucidez sobre a responsabilidade de lidar com seu corpo e seus desejos de modo
que saiba que não precisa provar nada nem para as amigas nem para o namorado.
Um papo cabeça é muito bom, pois ajuda a perceber que virgindade não é prova de
amor, nem tem que seguir os passos das amigas para ser aceita (o) em um grupo.
Aí é que entra a autoconfiança que deve ser ensinada pelos pais de modo muito
natural.
© Redação SM
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